terça-feira, 24 de novembro de 2015

O DRAMA DA LICENÇA AMBIENTAL

O DRAMA DA LICENÇA AMBIENTAL          

Se essa barragem se  rompesse,  o cronista não
 estaria aqui hoje para contar a história


No primeiro governo Lula, ele ficou desesperado com sua ministra do Meio ambiente, Marina Silva. Não saiu licença alguma das prioridades de Lula, como as hidrelétricas. Até um bagre atrapalhou uma de suas obras.
            A atual ministra Izzabela Teixeira, bióloga por formação e tendo passagem por vários cargos públicos, onde não se elabora, não se executa, não se projeta nada referente ao meio ambiente,  notabilizou-se pelos gastos excessivos em diárias para viagens internacionais. 
            O que ocorre com esse pessoal do meio ambiente é que são todos funcionários públicos, pulando de um galho para outro como Carlos Minc e especializados em escrever condicionantes, copiados de algum país mais adiantado que o Brasil. Ainda bem. Dilma, que pensa que é uma técnica e uma gerentona, exclamou  diante do Rio Pardo “morto”: vou deixa-lo melhor do que era. É a voz latejante de Lula em seus ouvidos: “nunca antes....”
            Enfim, o drama das licenças ambientais é que esse pessoal, ocupando cargos para os quais não tem a devida qualificação e conhecimento do assunto mais atrapalha do que ajuda o desenvolvimento.
            Enquanto o governador do Espirito Santo, Hartung, afirma que a lama já se espalhou por 70 km até a Bahia, a ministra Izzabela diz que não passa de 10 km, ainda no litoral do ES. Todos tem direito ao seu palpite.
            Quando a Alunorte contratou o projeto básico da sua fábrica de alumina em Barcarena – PA, com a NAAC/ALCAN, o depósito de rejeitos tinha o nome pomposo de Lago de Lama Vermelha. Logo vimos que íamos ter dificuldades para aprovar um lago nessas condições, em plena mata amazônica. A Alunorte então contratou um novo projeto na Alemanha para disposição dos resíduos da bauxita que contém altos índices de soda cáustica, o que poderia alterar o pH dos rios da região. O novo projeto recebeu o nome de Deposito de Rejeitos Sólidos, porque os resíduos seriam transportados com pouca água para o depósito. Mesmo assim, como aprovar tal projeto na Secretaria de Meio Ambiente do Pará, com a garotada entusiasmada, mas sem qualquer conhecimento do produto a ser fabricado e, principalmente, sobre os rejeitos?
Resolvemos então promover uma visita com os “ambientalistas” às refinarias brasileiras de alumina: Alcoa, Alcan e CBA.
            A Alcoa (MA) sequestrou minha máquina fotográfica na portaria para que eu não pudesse fotografar seu lago de lama. A Alcan (MG) me liberou para mostrar ao mundo como tratava seus rejeitos e a CBA também não se fez de rogada e deixou que as lentes ávidas da minha Minolta 1000 registrassem os detalhes de seus depósitos.
            Após as visitas e o conhecimento das tecnologias de disposição dos rejeitos de bauxita, deixamos a equipe de meio ambiente no Rio de Janeiro, para um fim de semana pago, para conhecer a cidade Maravilhosa, já que paraense também não é de ferro.          Presenteei-os com meu livro Biogás, um projeto de saneamento urbano, sucesso de público e de critica na época, tendo valido o meu marketing de ecologista para obter finalmente a nossa licença de implantação.

 . 


Depósitos de rejeitos  da Alunorte, em Barcarena-Pará

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