LULA SURPREENDE O PAÍS EM 2005
Eu vou pra Maracangalha eu vou
De barba e bigode eu vou
De chapéu de palha eu vou
Eu vou convidar a Rose eu vou
Se a Marisa não quiser ir
Eu não vou só
Eu não vou só
O povo
acompanhava os eletrizantes preparativos para o casamento de Ronaldo Fenômeno e
Daniella, com toda a pompa no Palácio Chantilly em Paris, com direito à
expulsão de desafetos da festa.
Ao mesmo tempo
em que a mídia e a sociedade discutiam sobre o casamento milionário, Lula
surpreendia o país: — “Fui apunhalado pelas costas. Espero que minha secretária
Rose não me apunhale pela segunda vez.”.
Mais rápido
que a separação do famoso casal, Lula convoca a imprensa e pede que comunique à
nação que não sabia de nada, que nada ouvira, que nada vira e que nada sentira.
Claro, a nação ficou perplexa com um presidente que se fazia passar por pateta,
enquanto atrás das paredes do palácio tramas sórdidas se desenvolviam para
comprar deputados com recursos públicos.
Os acontecimentos se sucederam com muita
rapidez e o desquite dos famosos sobreveio e ao mesmo tempo surge um
homem-bomba que escancara o escândalo dos Correios e detona uma sucessão de
maracutaias patrocinadas pelo PT.
O show
televisivo foi um sucesso de crítica e de público. Revivendo o Povo na TV, o
Jefferson, novo herói nacional promovido pelo PT, revela o que foi o maior
acontecimento de corrupção política da era republicana. Como a repetição da operação Uruguai, utilizada
por Collor, não ia pegar bem, alguém lembrou que caixa 2 era um crime de menor
importância e valia correr o risco. Nessa época, Roberto Jefferson nem
imaginava que o petrolão inundava as fundações do Palácio do Planalto.
O Presidente se
salvaria pelas mãos da oposição que o julgou morto e queria que ele ficasse
sangrando até as eleições seguintes. A tese que prevaleceu acabou causando a
ruína do Brasil.
Como bem disse
conhecido psicoterapeuta: o poder e as esquerdas não se coadunam. O poder
requer ações e a esquerda tem que ficar fora do poder para gerar ideias. O
poder é egoísta e a esquerda é generosa. E a generosidade é praticamente
impensável no poder.
Ainda segundo
a teoria do psicoterapeuta, como polos opostos que se atraem, o egoísta e o
generoso precisam um do outro para sobreviver.
Lula ainda deu um cheque em branco ao delator
para tentar salvá-lo.
Depois de
apunhalado duas vezes, traído pelos companheiros e pelos aloprados, Lula vai até
o fundo do poço, onde encontra petróleo barato jorrando e termina o mandato
milionário.