Prefeito: - vamos dividir os bois Empreiteiro: O que? aqui oh! |
Não faz muitos anos um prefeito do interior resolveu ajudar um amigo, pequeno empreiteiro,
a subir na vida. Começou a dar obras sem licitações ao amigo e a empresa foi crescendo,
chegando a um ponto que o prefeito achou que não estava certo. Tinham que dividir
os lucros e, naturalmente, o superfaturamento. A parceria ia firme e o bolo crescendo
e chegaram à conclusão que precisavam esconder o dinheiro (fazer a lavagem). Concluíram
que o melhor era botar o dinheiro em bois, comprar bois.
O empreiteiro já tinha adquirido uma fazendola e
com os negócios de vento em popa a boiada foi crescendo no pasto. Como nada que é bom
dura muito, surgiu um desentendimento e brigaram. Vamos dividir os bois - propôs o
prefeito. De jeito nenhum - respondeu o ex-amigo empreiteiro. Os bois estão na
minha fazenda então são todos meus.
Conclusão:
o prefeito ficou a ver navios e levou um calote daqueles e não pode fazer nada.
Dona
Marisa, por causa da Rosemary ou outra razão qualquer, exigiu de Lula um sítio
melhor do que Los Fundangos, um sitiozinho bem fuleiro, onde não crescia nem um
pé de laranja tanja, segundo dona Marisa.
Os
amigos correram a ajudar Lula, Roberto Teixeira por um lado, Bumlai por outro,
Vaccari se ofereceu para procurar um sitio, mas Lula o mandou às favas por não ser
de confiança e lembrou-lhe os desfalques no Bancoop em que os bancários ficaram
sem dinheiro e sem apartamento. O sítio de dona Marisa não podia correr risco
nenhum.
Havia
pressa, porque Lula estava encerrando mandato e a mordomia dos palácios de
Brasília ia acabar. Mesmo os presentes
que juntaram em 8 anos de mandato um dia acabariam.
Usura como ele só, não queria gastar dinheiro com
a mulher. As viagens internacionais com a primeira secretária foram todas pagas
pelo povo brasileiro, por que não teria direito a um sitio, já que automóveis, seguranças,
salários eram pagos pelos aposentados e desempregados?
Os amigos fizeram uma vaquinha e arranjaram o
dinheiro para comprar o sitio —ele saíra do palácio com uma mão na frente e
outra atrás, era a alma viva mais honesta desse país.
O
sítio estava mal conservado e precisava de muitas obras. Para agradar a galega, Bumlai
disse que não tinha problemas que os sócios do filho Fabinho aceitaram serem os
laranjas para constarem como proprietários do sitio. E para as obras, Bumlai arregimentaria
empreiteiras amigas que se melaram no petróleo, entre elas Odebrecht e OAS para
fazer a reforma.
.
E assim foi feito e dona Marisa vivia feliz entre hortaliças tenras e patos saudáveis.
Comprara até uma canoa para Lula tomar suas bebedeiras no lago com os amigos de
baixa categoria social que só falavam em futebol, cerveja e mulher pelada. De
Brasília levaram o que puderam para o sitio, desde caixas de bebidas, presentes
aos montes, o indefectível crucifixo diante do qual Lula pedia perdão pelos malfeitos
censurados por Dilma e até uma carroça de boi sem boi para puxar.
Até
que surgiu o escândalo do tríplex, com um promotor cioso demais de suas obrigações
que resolveu descobrir a procedência e titularidade do tríplex.
Na ocasião escrevi um artigo aconselhando o promotor
a deixar o tríplex de lado e que passasse a investigar um tal sítio de Atibia.
Alertada, a imprensa fez o seu papel e
descobriu um patrimônio oculto da família imperial
Suassuna,
um dos sócios do sítio, saiu logo em defesa do seu patrimônio: o sitio é meu e ninguém
fez obra aqui. Sou rico o suficiente para comprá-lo.
O
outro sócio do Lulinha, Fernando Bittar, amigo de infância e “criado” por Lula,
ficou encurralado. Não podia dizer que o sítio era dele porque era de dona
Marisa, mas com a insistência de Lula e Dona Marisa que o sitio é dele Bittar,
e fora apenas emprestado, o Bittar não tem outro jeito a não ser assumir a
propriedade em definitivo e dar ordem de despejo à família do Brahma, sem que o
casal possa reclamar sequer a carroça.
Como
diz o ditado popular: malandro que engana malandro tem tudo para dar certo em Brasília.
Final
igual ao caso dos bois do prefeito que relatei acima, não?
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