SUJOU PARA FHC
Eu sou você ontem |
Animado
com a ausência do seu nome em denúncias da Lava Jato, embora delatores dissessem
que a corrupção vinha da época do seu governo, mas não era sistêmica, nem tinha ainda uma quadrilha organizada para lesar
os cofres da Petrobras, o Príncipe se entusiasmou e resolveu sair do
casulo e desandou a desafiar Dilma a confessar sua incompetência e seus erros
na economia. Exigiu de Lula, para um improvável encontro, que explicasse ao
povo a corrupção no seu governo e do seu partido.
O
fato de delatores, como Pedro Barusco, ter dito que já havia propina nos tempos
de FHC, não atingia o presidente, pois é sabido que a corrupção vem desde o
tempo do império, quando o governo pagava estadia e alimentação das amantes que
frequentavam a corte. O que tem sido
adotado como uma prática entre nossos políticos. Um presidente do Banco do Brasil, dizem as intrigas, levava
sua amante nas viagens de avião. Um presidente da república teria dado
carona à sua amante em 36 viagens internacionais.
O
vaidoso FHC resolveu colocar em livro suas gravações dos tempos em que habitou
o Planalto. Se confirmadas as declarações de Cerveró, que o governo FHC recebeu
100 milhões de dólares de propina na compra de uma empresa argentina de energia,
em 2002, Fernando Henrique pode começar a mandar seu livro para o sebo, ou para
reciclagem.
As
declarações de Cerveró, que parecem ter sido feitas fora da delação premiada,
colocam FHC no mesmo saco de farinha de Lula e Dilma.
Como
o governo, o PGR e o STF têm agido de forma suspeita em algumas ocasiões, é possível
que Cerveró tenha inventado situações para envolver todo mundo e assim tentar
contaminar a operação Lava Jato. Afinal, Lula, Dilma e o PT fazem o diabo para se
eleger e para não perder o poder.
Foram
citados por Cerveró os nomes de alguns que teriam recebido propina como Oscar Vicente
(presidente da empresa argentina de energia, que foi elogiado por Menem por sua
brilhante atuação na marmelada), Renan Calheiros — sempre ele, e seu operador Aníbal
Gomes, Jáder, Silas Reandou, Delcidio.
Como
já é hábito dos políticos, FHC disse que não sabia de nada.
Com
esse novo escândalo, fica evidente a repetição do mensalão mineiro, com o PSDB também
no petrolão.
Lula
agora pode bater no peito e dizer que: “fizemos o petrolão que FHC nos ensinou”.
Não
satisfeito em soltar essas “intrigas”, Cerveró, para ter mais credibilidade na
denúncia, afirmou que, em 2007, recebeu 300 mil dólares e o Fernando Baiano
outros 300 mil dólares na transação intermediada na compra da Transener,
empresa de transmissão argentina.
Para
esses corruptos afirmo que não vou desistir do Brasil. Assim como tivemos Itamar
Franco, temos ainda Tiririca, Regufe, Bolsonaro e Caiado.
O
presidente da Petrobras na época do FHC era o Francisco Gros, já falecido.
O
sarcástico jornalista Paulo Francis morreu em vão, sem gozar as delícias de ver
suas denúncias comprovadas.
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