quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

SUJOU PARA FHC

SUJOU PARA FHC

Eu sou você ontem


            Animado com a ausência do seu nome em denúncias da Lava Jato, embora delatores dissessem que a corrupção vinha da época do seu governo, mas  não era sistêmica,  nem tinha ainda uma quadrilha organizada para lesar os cofres da Petrobras, o Príncipe se entusiasmou e resolveu sair do casulo e desandou a desafiar Dilma a confessar sua incompetência e seus erros na economia. Exigiu de Lula, para um improvável encontro, que explicasse ao povo a corrupção no seu governo e do seu partido.
            O fato de delatores, como Pedro Barusco, ter dito que já havia propina nos tempos de FHC, não atingia o presidente, pois é sabido que a corrupção vem desde o tempo do império, quando o governo pagava estadia e alimentação das amantes que frequentavam a corte.  O que tem sido adotado como uma prática entre nossos políticos.  Um presidente do Banco do Brasil, dizem as intrigas, levava sua amante nas viagens de avião. Um presidente da república teria dado carona à sua amante em 36 viagens internacionais.
            O vaidoso FHC resolveu colocar em livro suas gravações dos tempos em que habitou o Planalto. Se confirmadas as declarações de Cerveró, que o governo FHC recebeu 100 milhões de dólares de propina na compra de uma empresa argentina de energia, em 2002, Fernando Henrique pode começar a mandar seu livro para o sebo, ou para reciclagem.
            As declarações de Cerveró, que parecem ter sido feitas fora da delação premiada, colocam FHC no mesmo saco de farinha de Lula e Dilma.
            Como o governo, o PGR e o STF têm agido de forma suspeita em algumas ocasiões, é possível que Cerveró tenha inventado situações para envolver todo mundo e assim tentar contaminar a operação Lava Jato. Afinal, Lula, Dilma e o PT fazem o diabo para se eleger e para não perder o poder.
            Foram citados por Cerveró os nomes de alguns que teriam recebido propina como Oscar Vicente (presidente da empresa argentina de energia, que foi elogiado por Menem por sua brilhante atuação na marmelada), Renan Calheiros — sempre ele, e seu operador Aníbal Gomes, Jáder, Silas Reandou, Delcidio.
            Como já é hábito dos políticos, FHC disse que não sabia de nada.
            Com esse novo escândalo, fica evidente a repetição do mensalão mineiro, com o PSDB também no petrolão.
            Lula agora pode bater no peito e dizer que: “fizemos o petrolão que FHC nos ensinou”.
            Não satisfeito em soltar essas “intrigas”, Cerveró, para ter mais credibilidade na denúncia, afirmou que, em 2007, recebeu 300 mil dólares e o Fernando Baiano outros 300 mil dólares na transação intermediada na compra da Transener, empresa de transmissão argentina.
            Para esses corruptos afirmo que não vou desistir do Brasil. Assim como tivemos Itamar Franco, temos ainda Tiririca, Regufe, Bolsonaro e Caiado.
            O presidente da Petrobras na época do FHC era o Francisco Gros, já falecido.

            O sarcástico jornalista Paulo Francis morreu em vão, sem gozar as delícias de ver suas denúncias comprovadas.

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