Alguém
já ouviu falar no (s) segurança (s) de FHC? Com certeza não, mas ele os tem, e
vários. É um direito de ex-presidente que o governo coloca à sua disposição para
evitar que um tresloucado possa agredi-lo. No passado deve ter havido presidentes
que dispensavam seguranças. Itamar Franco, se não me engano, era um deles mesmo
no exercício da presidência fazia questão de andar no seu fusca particular.
Mas
Lula não, esse é um diferenciado, tudo lhe é de direito. Nas palavras de um dos delatores da Lava Jato
vazou a informação que em cada palestra que fazia exigia, entre as facilidades,
uma caixa de uísque. Johnnie Walker rótulo preto (o rótulo é por minha conta,
mas é provável que fosse). Nisso, era um consumidor voraz como o tresloucado Jânio
Quadros.
Pois
bem, Lula tem um segurança que sai verão entra verão o nome dele volta ao
noticiário. Por falar em noticiário, não são só meus ouvidos e minha vista, mas a nação inteira se
depara diariamente com o nome de Lula enrolado em denúncias ou especulação indevida,
como prefere o ministro da justiça. Este ministro deveria cuidar da sua pasta e das
coisas do governo e não se meter na vida particular de um ex–presidente que não
tem mais foro privilegiado e que é defendido por uma legião de advogados. José
Eduardo Cardoso ficaria melhor no seu papel de ministro e não se fazer de
defensor dos fracos e oprimidos.
Voltando à segurança de Lula. Se a polícia federal e o STF tivessem ouvido Marcos
Valério durante o processo do mensalão, em delação premiada ou não, talvez os escândalos
da Lava Jato não tivessem chegado às raias do absurdo que é hoje: uma hidra
cheia de cabeças, que você mata uma e nascem dez. O Marcos Valério afirmou que
mandou cerca de 90 mil reais em propina para despesas pessoais de Lula, por
conta do mensalão, através seu segurança Freud Godói. Afirmou que tinha as
provas, mas o STF, onde imperava amigos de Lula que batalhavam contra o herói
solitário Joaquim Barbosa, negaram a Marcos Valério o direito de delatar, mesmo
estando ele já condenado a 40 anos de prisão. Numa estimativa por baixo, o STF
teria evitado um roubo de 6 bilhões, fora ter afundado a Petrobras e outras
estatais. Parece-me que dessa vez, Lewando e Toffoli não querem levar para casa
esse prejuízo causado à nação, condenados que foram pelo povo. Os primeiros
sinais são de que nem Lula escapará dos seus nomeados. Que Deus nos ouça e ao
Supremo inspire.
Segundo
reportagem da revista VEJA “Freud Godoy é
uma daquelas figuras que, de longa data, orbitam em torno de Luiz Inácio Lula
da Silva. Faz-tudo do ex-presidente, ele atuou por vinte anos como seu
guarda-costas. A ligação nasceu na primeira campanha presidencial de Lula, em
1989, e a lealdade de Freud foi recompensada quando, em 2002, o chefe elegeu-se
presidente. Quatorze dias depois de assumir a Presidência, Lula nomeou Freud seu assessor especial, com salário de 6 300
reais. Ele trabalhava no mesmo andar do gabinete do presidente. Apesar do
cargo, seguiu atuando como um misto de segurança e auxiliar pessoal. E prestou
serviços de máxima importância ao PT.”
Digo eu, seria uma
espécie de Gregório Fortunato de Getúlio, a quem Lula tenta se comparar.
Continua a revista VEJA:
“Freud estreou no
noticiário policial em 2006, no caso do Dossiê dos Aloprados, tentativa atrapalhada de petistas de
comprar documentos com informações falsas sobre os candidatos do PSDB, seus
adversários nas eleições daquele ano. Às vésperas do primeiro turno, a Polícia
Federal prendeu em flagrante, em um hotel perto do Aeroporto de Congonhas, dois
petistas portando quase 2 milhões de reais, que seriam usados para comprar o
falso dossiê.”
Digo
eu, hoje podemos afirmar que era dinheiro desviado da Petrobras, sem chance de
errar. Continua a revista VEJA:
“Freud Godoy foi
apontado como o homem que levantou o dinheiro e era responsável por
supervisionar a parte final da operação de compra do material. Quando o caso
veio a público, Freud pediu demissão do cargo de assessor. Tentou fazer parecer
que era um mero auxiliar do presidente. Na ocasião, reportagem de VEJA mostrou que ele era, na verdade, um
personagem capital do submundo petista. Entre as atribuições de Freud, estava a
segurança das operações do PT consideradas de risco, principalmente as que
envolviam dinheiro. A função de Freud na compra do dossiê foi denunciada por
Gedimar Pereira dos Passos, membro do comitê de campanha de Lula em 2006 e
também envolvido no caso dos Aloprados. Depois de um encontro na
superintendência da PF em São Paulo, onde foi pressionado a mudar sua versão,
Gedimar recuou. Freud, como homem fiel a Lula, esteve envolvido também no
mensalão, segundo depoimento do publicitário Marcos
Valério à Procuradoria-Geral da República revelado (na época) pelo
jornal O Estado de S. Paulo. A CPI dos Correios, que investigou o esquema,
concluiu que a empresa de Freud, a Caso Comércio e Serviço Ltda., foi
beneficiária de um repasse no valor de 98 500 reais feitos pela SMP&B. Em
depoimento à Polícia Federal durante as investigações do caso, Freud disse ter
recebido o montante como pagamento pela prestação de serviços de sua empresa à
campanha presidencial de Lula em 2002. Segundo o depoimento de Marcos Valério,
que agora vem à tona, o dinheiro tinha como destinatário Lula e como finalidade
cobrir "gastos pessoais" do então presidente. Freud Godoy disse (na
época) que pretende processar Marcos Valério.”
Eis
que agora, em janeiro/2016, novamente surge o nome de Godói como um dos
proprietários de apartamento do edifício onde Lula teria uma cota. A procuradoria
da republica acredita que a entrada da OAS no lugar do Bancoop foi uma operação
de lavagem de dinheiro de propina oriunda da Petrobras. Situação que coloca
Lula no olho do furacão. Triste papel para um ex-presidente da república, que
além ter se cercado de quadrilheiros, de mais de 40 amigos corruptos sendo
processados ou presos, ainda se envolve com gente do submundo e deixa os
filhos se atolarem no lamaçal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário