sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O SEGURANÇA DE LULA


 
Me Tarzan you Chita

            Alguém já ouviu falar no (s) segurança (s) de FHC? Com certeza não, mas ele os tem, e vários. É um direito de ex-presidente que o governo coloca à sua disposição para evitar que um tresloucado possa agredi-lo. No passado deve ter havido presidentes que dispensavam seguranças. Itamar Franco, se não me engano, era um deles mesmo no exercício da presidência fazia questão de andar  no seu fusca particular.
            Mas Lula não, esse é um diferenciado, tudo lhe é de direito.  Nas palavras de um dos delatores da Lava Jato vazou a informação que em cada palestra que fazia exigia, entre as facilidades, uma caixa de uísque. Johnnie Walker rótulo preto (o rótulo é por minha conta, mas é provável que fosse). Nisso, era um consumidor voraz como o tresloucado Jânio Quadros.
            Pois bem, Lula tem um segurança que sai verão entra verão o nome dele volta ao noticiário. Por falar em noticiário, não são só meus ouvidos e minha vista, mas a nação inteira  se depara diariamente com o nome de Lula enrolado em denúncias ou especulação indevida, como prefere o ministro da justiça.  Este ministro deveria cuidar da sua pasta e das coisas do governo e não se meter na vida particular de um ex–presidente que não tem mais foro privilegiado e que é defendido por uma legião de advogados. José Eduardo Cardoso ficaria melhor no seu papel de ministro e não se fazer de defensor dos fracos e oprimidos.
            Voltando à segurança de Lula. Se a polícia federal e o STF tivessem ouvido Marcos Valério durante o processo do mensalão, em delação premiada ou não, talvez os escândalos da Lava Jato não tivessem chegado às raias do absurdo que é hoje: uma hidra cheia de cabeças, que você mata uma e nascem dez. O Marcos Valério afirmou que mandou cerca de 90 mil reais em propina para despesas pessoais de Lula, por conta do mensalão, através seu segurança Freud Godói. Afirmou que tinha as provas, mas o STF, onde imperava amigos de Lula que batalhavam contra o herói solitário Joaquim Barbosa, negaram a Marcos Valério o direito de delatar, mesmo estando ele já condenado a 40 anos de prisão. Numa estimativa por baixo, o STF teria evitado um roubo de 6 bilhões, fora ter afundado a Petrobras e outras estatais. Parece-me que dessa vez, Lewando e Toffoli não querem levar para casa esse prejuízo causado à nação, condenados que foram pelo povo. Os primeiros sinais são de que nem Lula escapará dos seus nomeados. Que Deus nos ouça e ao Supremo inspire.

            Segundo reportagem da revista VEJA “Freud Godoy é uma daquelas figuras que, de longa data, orbitam em torno de Luiz Inácio Lula da Silva. Faz-tudo do ex-presidente, ele atuou por vinte anos como seu guarda-costas. A ligação nasceu na primeira campanha presidencial de Lula, em 1989, e a lealdade de Freud foi recompensada quando, em 2002, o chefe elegeu-se presidente. Quatorze dias depois de assumir a Presidência, Lula nomeou Freud seu assessor especial, com salário de 6 300 reais. Ele trabalhava no mesmo andar do gabinete do presidente. Apesar do cargo, seguiu atuando como um misto de segurança e auxiliar pessoal. E prestou serviços de máxima importância ao PT.”

            Digo eu, seria uma espécie de Gregório Fortunato de Getúlio, a quem Lula tenta se comparar. Continua a revista VEJA:
            “Freud estreou no noticiário policial em 2006, no caso do Dossiê dos Aloprados, tentativa atrapalhada de petistas de comprar documentos com informações falsas sobre os candidatos do PSDB, seus adversários nas eleições daquele ano. Às vésperas do primeiro turno, a Polícia Federal prendeu em flagrante, em um hotel perto do Aeroporto de Congonhas, dois petistas portando quase 2 milhões de reais, que seriam usados para comprar o falso dossiê.”


            Digo eu, hoje podemos afirmar que era dinheiro desviado da Petrobras, sem chance de errar. Continua a revista VEJA:
            “Freud Godoy foi apontado como o homem que levantou o dinheiro e era responsável por supervisionar a parte final da operação de compra do material. Quando o caso veio a público, Freud pediu demissão do cargo de assessor. Tentou fazer parecer que era um mero auxiliar do presidente. Na ocasião, reportagem de VEJA mostrou que ele era, na verdade, um personagem capital do submundo petista. Entre as atribuições de Freud, estava a segurança das operações do PT consideradas de risco, principalmente as que envolviam dinheiro. A função de Freud na compra do dossiê foi denunciada por Gedimar Pereira dos Passos, membro do comitê de campanha de Lula em 2006 e também envolvido no caso dos Aloprados. Depois de um encontro na superintendência da PF em São Paulo, onde foi pressionado a mudar sua versão, Gedimar recuou. Freud, como homem fiel a Lula, esteve envolvido também no mensalão, segundo depoimento do publicitário Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República revelado (na época) pelo jornal O Estado de S. Paulo. A CPI dos Correios, que investigou o esquema, concluiu que a empresa de Freud, a Caso Comércio e Serviço Ltda., foi beneficiária de um repasse no valor de 98 500 reais feitos pela SMP&B. Em depoimento à Polícia Federal durante as investigações do caso, Freud disse ter recebido o montante como pagamento pela prestação de serviços de sua empresa à campanha presidencial de Lula em 2002. Segundo o depoimento de Marcos Valério, que agora vem à tona, o dinheiro tinha como destinatário Lula e como finalidade cobrir "gastos pessoais" do então presidente. Freud Godoy disse (na época)  que pretende processar Marcos Valério.


            Eis que agora, em janeiro/2016, novamente surge o nome de Godói como um dos proprietários de apartamento do edifício onde Lula teria uma cota. A procuradoria da republica acredita que a entrada da OAS no lugar do Bancoop foi uma operação de lavagem de dinheiro de propina oriunda da Petrobras. Situação que coloca Lula no olho do furacão. Triste papel para um ex-presidente da república, que além ter se cercado de quadrilheiros, de mais de 40 amigos corruptos sendo processados ou presos, ainda se envolve com gente do submundo e  deixa  os filhos  se atolarem no  lamaçal.

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