segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

VAZAMENTOS SELETIVOS

VAZAMENTOS SELETIVOS

Lula tentando tapar os vazamentos  de dinheiro
do governo com o dedo que falta na mão


            O Brasil é pródigo em criar expressões que ficam na moda um bom tempo, até que surja outra que a sobrepõe. A expressão usada atualmente pelos políticos é: vazamento seletivo.
            Dilma acusou os delatores de fazerem vazamentos seletivos e por isso ela não respeitava delator. Mas passou a respeitar os delatores quando eles se encarnaram no Eduardo Cunha, um desafeto do Planalto, como ele mesmo declarou.
            Renan Calheiros acusou Janot de fazer vazamento seletivo quando o denunciou na Lava Jato de receber propinas e que tinha o Sergio Machado, da Transpetro, como seu agente arrecadador de pixulecos. Cunha acusou Janot de ter feito vazamento seletivo de suas contas no exterior quando alguns milhões de brasileiros também tinham. Collor chamou Janot de filho da puta por ter denunciado ele por receber 30 milhões de propina e de comandar a corrupção na BR Distribuidora.               O ex-ministro Lobão — figura decorativa no Ministério de Minas e Energia de Dilma, disse que não sabe por que seu nome entrou no vazamento seletivo de um dos delatores já que ele não apitava nada. Roseane Sarney acha que o vazamento seletivo do seu nome foi para atacar seu pai, o inesquecível Sarney. A senadora Gleisi Hoffman afirmou que seu narizinho incomodava muita gente, dai o vazamento e seu marido —Paulo Bernardo, ex-ministro de Dilma, disse que o vazamento seletivo do seu nome visava incriminar o governo petista de Dilma.   Zé Dirceu se defendeu dizendo que seu nome vazou seletivamente por inveja dos procuradores, já que ele foi o ministro que mais recebeu dinheiro de consultoria.  Fernando Pimentel, governador de Minas, e sua mulher se defenderam dizendo que deve ter havido um engano nos vazamentos dos seus nomes, pois eles já eram acusados na operação acrônimo e temiam que as sujeiras do BNDES os atingisse também. . Erenice Guerra disse que não entendeu o vazamento seletivo do seu nome quando ela só fazia tráfico de influência em outras áreas que não a Petrobras. Cabral e Pezão — que se uniram para falir o Rio de Janeiro, se dizem indignados com o vazamento seletivo já que o negócio deles era o Grupo dos Guardanapos e a empreiteira Delta que não trabalhava para a Petrobras e que não conheciam nem Lula, Dilma e Cerveró. Michel Temer disse que o vazamento seletivo do seu nome não tem consistência. E Dilma se vangloria, nos ataques a Eduardo Cunha, de que seu nome não apareceu, ainda, num vazamento seletivo. Jaques Wagner e Lula, os mais recentes denunciados  nas operações petrolíferas também reclamam  dos vazamentos seletivos.
            Populares se perguntam: que diabo é isso de vazamento seletivo?
            No dicionário do contribuinte encontramos:
            — É uma expressão do léxico nacional criada pelos políticos corruptos sem argumentos para defesa.
            O povo foi ouvido e deu opinião sobre o significado da expressão:
            —  por que só eu?
            — eu não estou sozinho
            — eu fiz tudo que o Lula mandou
            — por que Renan ficou de fora?
            — e o ministro de Dilma, nada?
            — Pezão ficou de fora porque o pé não coube dentro do processo
            — e o filho de Lula não entra nessa?
            — eu só fiz o que os outros fizeram
           — roubei, não nego, pego cadeia quando quiser.

            Uma coisa é certa. A maioria não nega que tenha roubado, mas protesta porque sua corrupção foi denunciada na frente de outros.

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