quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CUNHA, O GÊNIO DO MAL

CUNHA, O GÊNIO DO MAL

Se Deus está comigo quem está contra mim
CUNHA, O GÊNIO DO MAL

            Antes que o presidente da câmara, Eduardo Cunha, adquirisse fama nacional, tratávamos o deputado Paulo Maluf como o maior picareta da política brasileira. Mas Lula o resgatou com o beija mão ridículo que propiciou uma das maiores vergonhas da sua carreira politica, em pleno jardim da suntuosa mansão do perseguido pela Interpol.
            Cunha é hoje a figura central do impeachment da presidente Dilma, não pelos mesmos méritos de Ulisses Guimarães no caso do impeachment de Collor, mas por ser um dos políticos sobre os quais pesa varias acusações de corrupção na operação Lava jato.
            Mas justiça vamos lhe fazer, tem tocado o impeachment com seriedade e isenção, como o reconheceu o ministro do Supremo Edson Fachin, o último ministro a ser indicado por Dilma, que durante oito meses ficou deitada sobre seu currículo, tendo passado pela arguição de todo o califado petista antes de ter o nome aprovado. Fachin me pareceu, pela atuação ontem (16/12/15), que será o nosso Luiz Fux do petrolão, que todos pensavam que ia apoiar o governo corrupto de Lula e foi um dos baluartes junto com Joaquim Barbosa, outro que o Lula trata como traidor. Que baita elogio que Lula o fez.
            Pois bem, fazendo justiça técnica à Cunha, enquanto Fachin ia derrotando ponto por ponto a ação movida pelo PC do B (por que o PT ficou fora?) preparada a várias mãos, inclusive pelo PGR, o procurador da república Rodrigo Janot saiu de fininho do tribunal e protocolou um pedido de suspensão do mandato de Cunha.
            Das 11 acusações que justificariam seu afastamento, dez não fazem justiça a Janot, já que foram copiadas de reportagens de jornais, vazadas dos depoimentos dos delatores e que já constam das denúncias contra ele no STF.
             Mas me chamou atenção a 11ª acusação sobre a qual não havia tomado conhecimento. Cunha teria recebido 52 milhões de reais de propina na liberação de fundos do FGTS da CEF para as obras do Porto Maravilha. Eduardo Paes deve ter perdido o sono, pois sua obra prima entra no rol das suspeitas de superfaturamento.  A seu favor, tudo indica que ele não tem nada a ver com isso.
            No leilão promovido para exploração da região do porto, Projeto Porto Novo, a CEF adquiriu em leilão todos os certificados — Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) pelo valor de 3,5 bilhões. Tentou vender frações da área à iniciativa privada, mas não houve interessados.
            A CEF se obriga a fazer a reurbanização da área. O Consorcio OAS- CARIOCA ENGENHARIA-ODEBRECHT foi contratado pelo valor de 8 bilhões.  As obras começaram e o dinheiro acabou (como tudo no governo Dilma) e a ideia de algum intelectual formado em corrupção resolveu o problema com o dinheiro do FGTS. Aí começa a nova denúncia contra o Cunha. Estava lá nessa área da CEF o Fábio Cleto — pela cara você vê logo que não é santo, indicado de Cunha, e as empreiteiras teriam pago, segundo denúncia, 52 milhões a Cunha por sua intervenção na liberação do dinheiro. O pagamento se fez em parcelas num banco de Israel.
            O dinheiro do FGTS estava lá. Sob a guarda e garantia da CEF que liberou o dinheiro (emprestou para si mesma) para dar andamento a uma obra que não pode paralisar – faz parte do  projeto olímpico (mais um baita prejuízo como a Copa 2014). Cunha teria interferido para que o dinheiro fosse liberado e recebeu uma comissão de 52 milhões (ato ilegal, não declarado). Teriam sido liberados cerca de 1,5 bilhão. Que a CEF terá que repor ao fundo dos trabalhadores.
             O gritante aqui, mais uma vez, é que as empreiteiras para pagarem 52 milhões de comissão/propina só podem estar superfaturando horrores.
            Quem contratou a obra do Porto certamente não foi o Fábio Cleto nem o Cunha. Foi o governo petista e licitação, se houve, já sabemos como é feita, superorçada para caber na boca grande dos corruptos do partido e dos aliados.
            A pergunta que faço: o Fábio Cleto tinha autonomia para liberar esse dinheiro?
Essa operação me lembra a do Banco Central, na época do Chico Lopes, que liberou 1,5 para Caciolla, com dólar abaixo da cotação, sob o argumento de risco sistêmico que poderia quebrar os bancos. Sempre questionei: Chico Lopes tinha autonomia para essa jogada ou recebeu aval de Pedro Malan e FHC? A Polícia Federal achou 1 milhão de reais, dinheiro vivo, em cima do guarda roupa da casa de Chico Lopes, que se negou a falar sobre a origem do dinheiro e o processo deve estar parado em alguma gaveta da justiça.
            Para concluir: com mais essa acusação contra Cunha, parece estarmos diante de um gênio do mal, já que sua atuação se faz de forma criativa, inventiva, ao contrário do PT que o faz a luz do dia na base do toma lá me dá cá. Marcos Valério passou o bastão para Eduardo Cunha.
            Diariamente, Eduardo Cunha, como bom evangélico, ora a Deus agradecendo as graças recebidas.
           













?HC








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