CUNHA, O GÊNIO DO MAL
Se Deus está comigo quem está contra mim |
CUNHA, O GÊNIO DO MAL
Antes
que o presidente da câmara, Eduardo Cunha, adquirisse fama nacional, tratávamos
o deputado Paulo Maluf como o maior picareta da política brasileira. Mas Lula o
resgatou com o beija mão ridículo que propiciou uma das maiores vergonhas da sua
carreira politica, em pleno jardim da suntuosa mansão do perseguido pela
Interpol.
Cunha
é hoje a figura central do impeachment da presidente Dilma, não pelos mesmos méritos
de Ulisses Guimarães no caso do impeachment de Collor, mas por ser um dos políticos
sobre os quais pesa varias acusações de corrupção na operação Lava jato.
Mas
justiça vamos lhe fazer, tem tocado o impeachment com seriedade e isenção, como
o reconheceu o ministro do Supremo Edson Fachin, o último ministro a ser
indicado por Dilma, que durante oito meses ficou deitada sobre seu currículo,
tendo passado pela arguição de todo o califado petista antes de ter o nome
aprovado. Fachin me pareceu, pela atuação ontem (16/12/15), que será o nosso
Luiz Fux do petrolão, que todos pensavam que ia apoiar o governo corrupto de Lula
e foi um dos baluartes junto com Joaquim Barbosa, outro que o Lula trata como
traidor. Que baita elogio que Lula o fez.
Pois
bem, fazendo justiça técnica à Cunha, enquanto Fachin ia derrotando ponto por
ponto a ação movida pelo PC do B (por que o PT ficou fora?) preparada a várias
mãos, inclusive pelo PGR, o procurador da república Rodrigo Janot saiu de fininho
do tribunal e protocolou um pedido de suspensão do mandato de Cunha.
Das
11 acusações que justificariam seu afastamento, dez não fazem justiça a Janot,
já que foram copiadas de reportagens de jornais, vazadas dos depoimentos dos
delatores e que já constam das denúncias contra ele no STF.
Mas me chamou atenção a 11ª acusação sobre a
qual não havia tomado conhecimento. Cunha teria recebido 52 milhões de reais de
propina na liberação de fundos do FGTS da CEF para as obras do Porto Maravilha.
Eduardo Paes deve ter perdido o sono, pois sua obra prima entra no rol das
suspeitas de superfaturamento. A seu
favor, tudo indica que ele não tem nada a ver com isso.
No
leilão promovido para exploração da região do porto, Projeto Porto Novo, a CEF
adquiriu em leilão todos os certificados — Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) pelo
valor de 3,5 bilhões. Tentou vender frações da área à iniciativa privada, mas não
houve interessados.
A CEF se
obriga a fazer a reurbanização da área. O Consorcio OAS- CARIOCA ENGENHARIA-ODEBRECHT
foi contratado pelo valor de 8 bilhões. As obras começaram e o dinheiro acabou (como
tudo no governo Dilma) e a ideia de algum intelectual formado em corrupção
resolveu o problema com o dinheiro do FGTS. Aí começa a nova denúncia contra o
Cunha. Estava lá nessa área da CEF o Fábio Cleto — pela cara você vê logo que
não é santo, indicado de Cunha, e as empreiteiras teriam pago, segundo denúncia,
52 milhões a Cunha por sua intervenção na liberação do dinheiro. O pagamento se
fez em parcelas num banco de Israel.
O dinheiro
do FGTS estava lá. Sob a guarda e garantia da CEF que liberou o dinheiro (emprestou
para si mesma) para dar andamento a uma obra que não pode paralisar – faz parte
do projeto olímpico (mais um baita prejuízo como a Copa 2014). Cunha
teria interferido para que o dinheiro fosse liberado e recebeu uma comissão de
52 milhões (ato ilegal, não declarado). Teriam sido liberados cerca de 1,5
bilhão. Que a CEF terá que repor ao fundo dos trabalhadores.
O gritante aqui, mais uma vez, é que as empreiteiras
para pagarem 52 milhões de comissão/propina só podem estar superfaturando horrores.
Quem
contratou a obra do Porto certamente não foi o Fábio Cleto nem o Cunha. Foi o
governo petista e licitação, se houve, já sabemos como é feita, superorçada para
caber na boca grande dos corruptos do partido e dos aliados.
A
pergunta que faço: o Fábio Cleto tinha autonomia para liberar esse dinheiro?
Essa operação me lembra a do
Banco Central, na época do Chico Lopes, que liberou 1,5 para Caciolla, com dólar abaixo da cotação, sob o argumento
de risco sistêmico que poderia quebrar os bancos. Sempre questionei: Chico Lopes
tinha autonomia para essa jogada ou recebeu aval de Pedro Malan e FHC? A Polícia
Federal achou 1 milhão de reais, dinheiro vivo, em cima do guarda roupa da casa
de Chico Lopes, que se negou a falar sobre a origem do dinheiro e o processo deve
estar parado em alguma gaveta da justiça.
Para
concluir: com mais essa acusação contra Cunha, parece estarmos diante de um
gênio do mal, já que sua atuação se faz de forma criativa, inventiva, ao
contrário do PT que o faz a luz do dia na base do toma lá me dá cá. Marcos
Valério passou o bastão para Eduardo Cunha.
Diariamente,
Eduardo Cunha, como bom evangélico, ora a Deus agradecendo as graças recebidas.
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