terça-feira, 22 de dezembro de 2015

PÃO E CIRCO

PÃO E CIRCO

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É  Deus no céu e Dilma na presidência

  
            O processo do impeachment contra a presidente da república se iniciou com uma petição formulada por cidadãos brasileiros, Hélio Bicudo, Reale Junior e Janaína Paschoal. São pessoas que entenderam haver a presidente cometido crime de responsabilidade.  Levado à câmara e no andamento do ritual do processo, o PC do B (“guardião da democracia”), um dos partidos aliados do governo, recorre ao STF para anular os atos praticados pelo presidente da câmara. Decide, então, o STF, que o processo de impeachment terá que ser previamente analisado pela comissão de ética da câmara escolhida pelos lideres dos partidos, que em sua maioria obedecem a orientação e a vontade da presidente Dilma. A chapa é única, não havendo nenhuma outra probabilidade de escolha dos componentes dessa comissão — entenda-se quase todos submissos a presidente da república.
             Até as moscas do Planalto sabem que esses líderes e os escolhidos para a comissão rezam na cartilha do PT que prega a compra de votos em troca de cargos e vantagens (negociatas).  Assim foi a troca do líder do PMDB, que a presidente contou com a intervenção de Pezão (denunciado na Lava jato) e Eduardo Paes, governador e prefeito que dependem da boa vontade da presidente no apoio às obras das olimpíadas que se aproximam. Olimpíada que trouxe o Porto Maravilha ao noticiário policial, com a revelação do escândalo com recurso do FGTS, que foi liberado pela CEF para o consórcio OAS-ODEBRECHT-CARIOCA ENGENHARIA (Léo Pinheiro de novo, amigo de Lula, que por sua vez continua não sabendo de nada) que pagou 52 milhões em propinas. Com a força da sua caneta, a presidente interferiu em atos internos do PMDB pedindo que prefeito e governador exonerassem secretários do PMDB para assumirem por 24 horas a cadeira na câmara e assim trazer de volta o Leonardo Picciani, mais um amigo de ocasião da presidente.
            Caberia ao STF impedir que o anseio popular, cerca de 60% dos entrevistados (eram 65% antes da decisão do STF) que desejam o impeachment da presidente, fosse frustrado. Apesar da surpresa das posições dos ministros Fachin e Toffolli, indicados por Dilma e Lula,  a maioria da corte entendeu e decidiu que a presidente não deverá sofrer impeachment e para tanto o STF entregou a decisão ao ”comparsa” do momento, o presidente do senado. Tudo isso decorrente, segundo notícias conspiratórias, de encontros suspeitos da presidente com ministro da Justiça,  presidente do STF, AGU, PGR para proteger o Renan Calheiros das denúncias de corrupção em vários inquéritos.
             A lamentar, mais uma vez, o palavrório sem fim do decano da corte, que já havia melado o mensalão reduzindo penalidades de corruptos aceitando os duvidosos embargos infringentes. Agora volta a melar o impeachment.
            O STF tirou o poder de decisão de um corrupto que poderia condenar Dilma e entregou a decisão a outro corrupto que poderá arquivar o processo do impeachment.
            Triste papel do STF, muito bem lembrado pelo ministro Gilmar Mendes, que resumo: armaram um circo e os palhaços ficaram na plateia.

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