PÃO E CIRCO
´ É Deus no céu e Dilma na presidência |
O
processo do impeachment contra a presidente da república se iniciou com uma
petição formulada por cidadãos brasileiros, Hélio Bicudo, Reale Junior e
Janaína Paschoal. São pessoas que entenderam haver a presidente cometido crime de
responsabilidade. Levado à câmara e no
andamento do ritual do processo, o PC do B (“guardião da democracia”), um dos
partidos aliados do governo, recorre ao STF para anular os atos praticados pelo
presidente da câmara. Decide, então, o STF, que o processo de impeachment terá
que ser previamente analisado pela comissão de ética da câmara escolhida pelos
lideres dos partidos, que em sua maioria obedecem a orientação e a vontade da
presidente Dilma. A chapa é única, não havendo nenhuma outra probabilidade de
escolha dos componentes dessa comissão — entenda-se quase todos submissos a presidente
da república.
Até as moscas do Planalto sabem que esses líderes
e os escolhidos para a comissão rezam na cartilha do PT que prega a compra de
votos em troca de cargos e vantagens (negociatas). Assim foi a troca do líder do PMDB, que a presidente
contou com a intervenção de Pezão (denunciado na Lava jato) e Eduardo Paes, governador
e prefeito que dependem da boa vontade da presidente no apoio às obras das olimpíadas
que se aproximam. Olimpíada que trouxe o Porto Maravilha ao noticiário
policial, com a revelação do escândalo com recurso do FGTS, que foi liberado
pela CEF para o consórcio OAS-ODEBRECHT-CARIOCA ENGENHARIA (Léo Pinheiro de
novo, amigo de Lula, que por sua vez continua não sabendo de nada) que pagou 52
milhões em propinas. Com a força da sua caneta, a presidente interferiu em atos
internos do PMDB pedindo que prefeito e governador exonerassem secretários do
PMDB para assumirem por 24 horas a cadeira na câmara e assim trazer de volta o
Leonardo Picciani, mais um amigo de ocasião da presidente.
Caberia
ao STF impedir que o anseio popular, cerca de 60% dos entrevistados (eram 65%
antes da decisão do STF) que desejam o impeachment da presidente, fosse
frustrado. Apesar da surpresa das posições dos ministros Fachin e Toffolli,
indicados por Dilma e Lula, a maioria da corte entendeu e decidiu que a presidente não deverá sofrer impeachment e para tanto o STF entregou a decisão ao ”comparsa” do momento, o presidente do senado. Tudo isso decorrente,
segundo notícias conspiratórias, de encontros suspeitos da presidente com ministro
da Justiça, presidente do STF, AGU, PGR
para proteger o Renan Calheiros das denúncias de corrupção em vários
inquéritos.
A lamentar, mais uma vez, o palavrório sem fim
do decano da corte, que já havia melado o mensalão reduzindo penalidades de
corruptos aceitando os duvidosos embargos infringentes. Agora volta a melar o
impeachment.
O
STF tirou o poder de decisão de um corrupto que poderia condenar Dilma e entregou
a decisão a outro corrupto que poderá arquivar o processo do impeachment.
Triste
papel do STF, muito bem lembrado pelo ministro Gilmar Mendes, que resumo:
armaram um circo e os palhaços ficaram na plateia.
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