LULA
E O BISPO DE BARRA
Se JK fosse ouvir o
bispo de Diamantina ele jamais teria lançado a pedra fundamental de Brasília.
Lula foi um presidente
indeciso, tíbio, que se acovarda diante de qualquer percalço que lhe ponham no
caminho. Comporta-se como um autista. Ele não sabia do mensalão, mas demitiu o
José Dirceu assim mesmo. Disse que foi traído pelo PT e pelos amigos e depois
se congratulou com eles. Acha que o PT fez a mesma corrupção que os outros
partidos fizeram, mas agora acha que tudo que aconteceu de corrupção é normal,
faz parte das práticas republicanas. Disse
que Palocci fez uma grande asneira (ao violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo,
que o flagrou em negociatas) e depois o chamou de querido irmão. Um dos seus irmãos,
um mestre de obras, disse que se o pai fosse vivo teria sentado um tapa no pé
do ouvido de Lula.
Além do filho de Lula que fez uma sociedade
suspeita com a Telemar, o irmão Vavá tentou fazer lobby, provavelmente orientado
por Lula. Depois de flagrado, Lula insinuou aos jornalistas que o irmão era
semi retardado.
Confesso que da história de Lula só gostaria
de saber por anda o outro irmão, frei Chico, que o introduziu na política
sindical e lhe ensinou as artimanhas da esquerda para galgar o poder a qualquer
custo.
Se não fosse indeciso, Lula
teria começado a transposição do rio São Francisco atropelando com um trator o bispo dom Luiz
Cappio—que resolveu fazer greve de fome nas margens do rio. Cheio
de dúvidas, o Nove Dedos se dispôs a ampliar a discussão técnica sobre o
projeto com o bispo, que não entendia nada do assunto. Tudo por causa de um
frade leigo desconhecido do interior nordestino. Se fosse um presidente forte e
decidido como pensa que é não teria feito a palhaçada de enviar o Jacques
Wagner para enganar o bispo.
Lula pensa que é o JK.
Diz que acusaram JK de corrupção. Isso é a única coisa que eles têm em comum:
acusação de corrupção. Só que o JK com ou sem corrupção deixou um legado
inquestionável para o Brasil do futuro.
Esse projeto do rio São
Francisco não é seu. É de Ciro Gomes e seus compromissos de campanha e que
ardilosamente ofereceu ao Lula no 2º turno em troca de apoio, oportunista que
é.
Projeto que já nasceu
sob a pecha da corrupção, conforme relatado por Jefferson em conversas que
teria tido com o Ciro e o Dirceu. As empreiteiras já estavam escolhidas antes
da licitação.
Depois da perda do
aliado cheque-em-branco, Lula se agarrou ao aliado da direita — Ciro Gomes, que
se escondeu em partidos comunistas.
Juscelino enfrentou
militares revoltosos da aeronáutica e um temível e implacável deputado-jornalista
que exigia sua renúncia. Lula enfrenta as
acusações jogando os amigos e companheiros no fogo para não sair chamuscado.
O mais recente deserdado
é o pecuarista José Carlos Bumlai, que o livrou de chantagens e intermediou
propinas para sua família. Tinha acesso
irrestrito e privilegiado no Planalto, mas Lula, agora, diz que não eram tão íntimos
assim. Vai descartando os amigos como binga de cigarro.
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