DESVENDADO O LULAGATE
A única coisa
sensata que o Lula disse nos seus primeiros quatro anos de governo foi uma
pergunta:
– “A quem
interessa o dossiê Freud a 10 dias das eleições?”.
Minha veia
detetivesca desvendou o fio da meada. A Polícia Federal também, mas não houve
interesse em revelar os fatos. A exposição na mídia gera dividendos, o Bonner
no JN dá audiência. Os políticos expõem sua imagem, boa ou ruim, o que
interessa é aparecer, policiais federais que detestam o Lula porque perderam os
cargos para petistas e sindicalistas vão à forra, o retardo nas investigações
propicia mordomias em hotéis, restaurantes, diárias, horas extras, mulheres,
por que não? Foi assim que um deputado assassinado namorou uma advogada em SP,
outra em Brasília e uma delegada em Belém.
Nas minhas
investigações, o dossiê Freud nasceu dentro do PSDB, mais precisamente no
arraial do Geraldo. Só um fato novo, de escândalo nacional, salvaria a candidatura
do dito cujo. O esquema das sanguessugas e suas ambulâncias vêm do tempo do
governo FHC, não necessariamente com o Serra, mas com os deputados de então.
Como deputado,
Humberto Costa conhecia o esquema e no Ministério da Saúde deixou ampliá-lo. É
incrível como o PT aprendeu rápido, mas resolveu sofisticar a trapaça. Mas são
afoitos, como bem definiu a deputada Denise Frossard. Vendo que o Alckmin
estava à deriva, o comando do PSDB, que já conhecia os Vedoin lá de trás,
prepararam o dossiê com a denúncia contra o Serra e o Alckmin, em troca de
perdão no futuro governo, caso o Geraldo vencesse as eleições. As fitas, as
fotos, os depoimentos dos Vedoin foram preparados pelo próprio PSDB junto com o
chefe da máfia das ambulâncias. O Vedoin ficou encarregado de levar ao comando
da campanha de Lula, e o Lula sabia, como sempre, embora negue como sempre, do
material para divulgação pela imprensa. O Vedoin, esperto que é, resolveu tirar
uma casquinha por fora do que estava combinado e tentou vender o dossiê ao
invés de apenas entregá-lo como inicialmente combinado. Seria a repetição do
dossiê Cayman pelo qual o Collor pagou dois milhões com dinheiro do irmão
Leopoldo e que depois não devolveu gerando uma briga e denúncia em família. Sobrou
para o pastor Caio Fábio, que foi pego com o dossiê na mão, e que receberia um
dinheiro para suas “obras sociais”.
Feita a
denúncia às revistas e preparado o local da entrega do material ao PT, o PSDB
acionou os policiais, que não obedeciam ao comando do Marcio Thomaz Bastos e
que fizeram o flagrante contra os enviados do assessor especial de Lula, aquele
que deu nome ao dossiê.
O PT caiu como
um patinho.
Torci pelo
impeachment, mas não deu. Era o mesmo que ganhar com um gol de mão no fim do
jogo, contra o Flamengo. Seria muito mais prazeroso.
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