A DIFERENÇA ENTRE
LULLA E BRIZOLA
Brizola engolindo um sapo barbudo
Genoíno explicando a Tuma que agora é apenas um mensaleiro, um bom rapaz que amava os Beatles? |
Um amigo me
escreveu para dizer que eu coloco o Lulla nos meus textos como Pilatos no
credo. Um sobrinho observou que tenho obsessão por Lulla. Outro, que escrevo
com ódio. Todos são petistas, logo não
servem como pesquisa espontânea. Na verdade eu tenho indignação com o povo
brasileiro que compra mercadoria barata vendida por um camelô chinfrim.
Como
ex-presidente do Brasil, não posso chamá-lo de pau d’água de São Bernardo, o
que poderia fazer se de lá não tivesse saído.
Com o
falecimento do meu irmão, que me ajudava a criticar o PT, fiquei na obrigação de
substituí-lo e por isso dupliquei minhas ações para superar sua ausência e
poder cumprir essa grata tarefa de não deixar os podres de Lulla passarem em branco. Quer seja
como chefe do mensalão, quer pelo seu envolvimento com a secretária Rosemary,
quer pela sua obscura passagem na prisão em companhia do garoto do MEP e o mais
surpreendente para seus amigos, não para mim, seu passado como ex-agente do
DOPS, dedo duro da ditadura. Para melhorar sua biografia, ele está prestes a responder
pelo petrolão.
Um dos maiores
adversários de Brizola foi o Antônio Carlos Magalhães, o ACM. ACM deu um
testemunho vivo sobre Brizola, quando ele retornou anistiado ao Brasil: “se há
um político no país que passou isento no teste de corrupção é o Brizola. Os
governos militares vasculharam toda a vida de Brizola atrás de algum delito —
uma galinha furtada na infância —, que fosse uma linha de acusação contra ele”.
Nada encontraram, foi enfático na sua declaração que deu a Brizola o único
alvará de honestidade de político nesse país.
Depois dessas declarações, de um inimigo
político de Brizola, sucumbi a sua verve oratória. Incomodavam-me alguns temas
nos discursos de Brizola, como a cansativa “perdas internacionais” que repetia
em todos os seus discursos. Não explicou
para ninguém que perdas foram essas, mas entendíamos que era apenas uma peça de
oratória contra o status quo vigente
na época. Nem Delfim Neto perdeu tempo em retrucar.
Excluindo esse
ranço esquerdista, um recurso eleitoral, Brizola foi o único político que levou
a sério a educação do povo brasileiro, mas escolheu o arquiteto errado. Os
CIEPs projetados, pelo arquiteto oficial do estado, são verdadeiros bunkers de
concreto armado, gastando mais na construção do que nos indispensáveis
equipamentos de ensino.
Se Lulla
tivesse vergonha tinha enchido a cara do Romeu Tuma Junior de bolacha,
com as denúncias que faz no seu livro Assassinato
de Reputações.
Um dos
jornalistas mais contundentes contra Brizola foi o Davi Nasser que semana sim e
outra também escrevia um artigo na revista Manchete sentando a pua no “pangaré
dos pampas”, adjetivo com que tratava Brizola. Encontrando seu desafeto no saguão do aeroporto
do Santos Dumont, Brizola encheu-lhe de porrada.
Quando
Brizola foi eleito governador do estado do Rio, em 1982, contra o candidato da ditadura,
Moreira Franco, o gato angorá, como ele se referia ao herdeiro de Amaral Peixoto,
Lulla não passava de um pau d’água em São Bernardo.
Entenda pau d’água como um pau cheio de água, no vernáculo
popular. Apenas isso. Enquanto isso, Genoíno...
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